A vida toda atrás de um vidro fumê
De um capacete de luvas escuras
As duas rodas fazem todos tremer
Pelo perigo marginal da aventura
Não tem ninguém que possa me vencer
E se eu morrer ninguém vai lamentar
Eu tô na moto e sinto o sangue ferver
Eu tô na moto e tenho que acelerar
Não tem curva ou reta que eu não possa dobrar
Não tem moto ou carro que eu não possa ralar
Familia e segurança eu joguei tudo pro alto
E todos tremem por onde quer que eu passe
Selvagem do asfalto
Eu moro onde nada pode viver
Nessa corrida contra o gesto parado
O desafio de brincar com o destino
E rir da sorte a cada sinal fechado
Não tente rastrear o louco zunido
Ensandecido pelo corpo marcado
Não tem sentido contar as cicatrizes
Estou partindo, a morte corre ao meu lado
Não tem sol nem chuva só fumaça no ar
O couro rouge-negro é o que me faz levitar
Grana e garotas joguei tudo pro alto
E todos tremem por onde quer que eu passe
Selvagem do asfalto
Estou correndo com as sombras da noite
O Meu instinto é o que me faz desviar
Num voo cego de faróis apagados
Não tenho amigo nem lugar pra parar
A cada curva eu sei que sinto mais frio
A vida escorre entre os dedos e acaba
Eu tô no meio desse ferro contorcido
Em qualquer canto abandonado da estrada
O corpo morto espera pelo fim sem sentido
E nem sequer vontade de tentar resistir
Grana e garotas joguei tudo pro alto
Mas Nunca vou deixar de ser selvagem, Selvagem do asfalto.
© 2011, Selvagem do Asfalto
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